Sobre a Faculdade

A chegada do século XXI ampliou na sociedade a percepção sobre a importância da Tecnologia, aguçada por eventos tão marcantes como o bug do milênio, a automação industrial e a adoção da Internet em praticamente todos os aspectos da vida humana.

A magnitude dessas transformações trouxe reflexos marcantes também no mundo jurídico. Naquela época, as chamadas Polícias Científicas se esforçavam para fazer frente a um avassalador crescimento da demanda por exames apropriados aos inovadores dispositivos tecnológicos. Esses órgãos, em níveis federal e estaduais, quase sempre estavam desaparelhados e pouco preparados diante da complexidade e onipresença dos sofisticados dispositivos digitais rapidamente adotados pela sociedade moderna. Tornou-se comum que investigações policiais urgentes ficassem paralisadas por anos devido à sobrecarga dos Institutos de Criminalística.

Quando, finalmente, obtinham a produção da prova técnica, os Operadores do Direito ainda tinham que enfrentar as crescentes lacunas na lei provocadas pelo descompasso entre a rapidez da evolução tecnológica e a prudência que deve cercar atualizações no ordenamento jurídico. Coube então às Polícias Científicas o papel adicional de subsidiar o Senado e a Câmara dos Deputados na discussão de projetos de leis voltados suprir a carência de normas específicas.

Nesse contexto, surge em 2001 o IBP Instituto Brasileiro de Peritos, com natureza jurídica de direito privado e imbuído da missão de prestar, aos juízes, promotores, advogados e às partes envolvidas em processos judiciais, serviços periciais típicos das questões que envolvem alta tecnologia. Seus objetivos iniciais foram alcançados rapidamente. Nesse mesmo ano, a Câmara Americana de Comércio (Amcham) publicou artigo intitulado “Os Ciber-peritos do IBP”, destacando o papel inovador que os seus especialistas assumiam nas investigações do mundo cibernético, atribuindo-lhes a criação de um novo mercado de trabalho a ser explorado por todos os “ciber-peritos”.

Após se consolidar rapidamente como uma referência em perícias judiciais em Tecnologia da Informação, o IBP ampliou seu leque de atuação prestando serviços periciais forenses em outras importantes disciplinas, como Engenharia, Fonética e Economia forenses.

Como resultado, o IBP passou a se destacar rotineiramente pela condução de exames tecnicamente complexos processos judiciais envolvendo questões como, por exemplo:
• organizações criminosas;
• violação de intimidade e privacidade;
• sequestro de pessoas;
• fraudes contra o sistema bancário;
• fraudes contra operadoras de telecomunicações;
• artefatos maliciosos e ataques cibernéticos;
• segurança da informação;
• resposta a incidentes;
• defesa cibernética;
• erros ou falhas em componentes, sistemas ou projetos;
• furto ou destruição de dados ou sistemas;
• violação de direitos autorais ou patentes.
• concorrência desleal;
Nessa extensa gama de serviços, o IBP contratou ou desenvolveu métodos inovadores e de destaque em termos mundiais: (i) foi uma das primeiras empresas brasileiras a adotar o Forensic Toolkik e o Encase, principais ferramentas forenses para examinar computadores, utilizadas pelas principais autoridades policiais no mundo; (ii) estabeleceu pioneira parceria com a Cellebrite, principal empresa mundial de ferramentas para perícias em smartphones, tables e GPS, sendo objetivo dessa parceria trazer aos peritos brasileiros nível tecnológico equivalente aos das principais autoridades policiais em nível mundial; (iii) adotou destacado software de universidade norte-americana pioneira no desenvolvimento de aplicativos para análise e detecção antecipada de ameaças terroristas e outras; e (iv) adotou métodos e ferramentas para mapeamento 3D de cenas de crimes e incidentes.
Esse pioneirismo tecnológico dos colaboradores do IBP nas Ciências Forenses foi multiplicado ao longo dos anos por publicações em periódicos científicos, em livros e em revistas de divulgação, assim como pela participação em congressos e pela divulgação em jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Ao longo da última década, a equipe do IBP também ministra regularmente aulas sobre prova e perícia digital em cursos de pós-graduação em renomadas instituições de ensino.
O IBP também ministra treinamentos para juízes, promotores e advogados, em instituições como Escola Superior da Magistratura, Tribunal Regional do Trabalho e Ordem dos Advogados, entre outras. Ainda na área de treinamento, o IBP ministra cursos nas principais capitais brasileiras para centenas de peritos criminais e judiciais.
O IBP também é a primeira empresa no Brasil e a quarta do mundo reconhecida como auditora BSA Verafirm em questões de licenciamento de software pelas maiores desenvolvedoras, como Microsoft, Adobe, Autodesk, Siemens, PTC e outras. O IBP também participa em grandes auditorias especiais, como a auditoria conduzida sob a coordenação do Tribunal Superior Eleitoral para averiguar a existência de eventuais fraudes em eleição presidencial.
Na Câmara dos Deputados, os representantes do IBP têm colaborado com as discussões de projeto de lei que envolvem questões tecnológicas, tendo, por exemplo, participado na Comissão de Ciência e Tecnologia e no Plenário da Câmara como expositor sobre questões do Marco Civil da Internet. Em outro contexto, colaboradores do IBP têm sido consultados por integrantes do segundo grau de Tribunais para se manifestar tecnicamente em questões como bloqueio de aplicativos de redes sociais em todo o território nacional.
Conforme demonstrado, o IBP vem contribuindo na construção de uma cultura de responsabilidade tecnológica ao preparar com rigor e qualidade peritos forenses em áreas da Tecnologia da Informação, pois, com o crescimento vertiginoso de conteúdos e transações efetivadas em um universo conhecido como Internet, criou uma nova cultura envolvendo linguagens, conhecimentos, habilidades e mais do que tudo uma nova ética e de responsabilidade social. A contribuição fundamental que o IBP tem trazido está diretamente relacionada a educação digital de uma sociedade cada vez mais invadida pela tecnologia, com uma população ainda analfabeta nesta nova linguagem, nesta nova cultura. Aliás, portanto, uma prática competente e comprometida com tecnologia de ponta, tornando-se o principal centro de referência em metodologia pericial e conjunto privado de laboratórios transdisciplinares.
Com este histórico, decide criar a IBPTECH FACULDADE DE CIÊNCIAS FORENSES E TECNOLOGIA, integralmente na modalidade a distância, com seu primeiro Curso Superior de Tecnologia em Defesa Cibernética, acreditando que o desafio de assegurar uma formação, que é fundamentalmente tecnológica e prática no modelo de ensino não presencial, fará desta proposta a concretização das possibilidades que esta metodologia de ensino tem para oferecer.
Assim, a IBPTECH, proposta pelo Instituto Brasileiro de Peritos, baseia-se na expertise acumulada nestes 16 anos de atuação contínua em processos formativos em níveis de pós-graduação lato sensu e extensão e, portanto, atenta às demandas que a tecnologia tem criado, quer no sentido de progresso contínuo, quer nos riscos que esta mesma tecnologia tem trazido tanto para a sociedade de um modo geral, como para os indivíduos.
Essa iniciativa visa satisfazer não só a demanda já existente, mas especialmente o intenso crescimento de demanda prevista para os próximos anos em função da adoção dos dispositivos eletrônicos em todas as atividades humanas.
Crescem todos os dias no Brasil e no mundo as ocorrências envolvendo algum tipo de ataque cibernético. Em 2012 foi promulgada a Lei 12.737/2012, chamada como Lei Carolina Dieckman, tipificando os crimes cibernéticos no Brasil.
De acordo com diversas pesquisas públicas e divulgadas por meio de jornais de grande circulação, em 2015 o Brasil figurava como 5º do mundo em fraudes digitais e de acordo com o relatório anual de ameaças cibernéticas, publicado em 2017, o Brasil estava em 2º lugar como o país mais afetado por ataques cibernéticos, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Em 2017, tem-se conhecimento de que 42,2 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes virtuais durante o ano de 2016, apresentando um aumento de 10% em comparação ao ano de 2015, significando um prejuízo para o país de US$ 10,3 bilhões.
O CENSO EAD.BR 2016, divulgado pela ABED – Associação Brasileira de Educação a distância, respondido por 54 instituições públicas federais, 26 instituições públicas estaduais, 6 instituições públicas municipais, 32 instituições do SNA Sistema Nacional de Aprendizagem: Senai, Sesi, Senac, Senat, Sebrae etc., 106 instituições privadas com fins lucrativos, 64 instituições privadas sem fins lucrativos, 14 órgãos públicos ou instituições do governo e 10 Organizações não governamentais (ONGs) que oferecem EaD no Brasil, contabilizaram 561.667 alunos em cursos regulamentados totalmente a distância, 217.175 em cursos regulamentados semipresenciais, 1.675.131 em cursos livres não corporativos e 1.280.914 em cursos livres corporativos. E, neste contexto, há apenas uma instituição oferecendo o Curso Superior de Tecnologia em Defesa Cibernética no país na modalidade a distância.
A sede da IBPTECH estará instalada no município de São Paulo, porém em se tratando de proposta de curso integralmente a distância, em conformidade com a Portaria Normativa 11, de 20 de junho de 2017, artigo 8º e parágrafos, sem a projeção de polos e de atividades presenciais, o projeto poderá atender alunos do país todo e até do exterior, contribuindo significativamente com as demandas de desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e cultural na área em que pretende atuar.